Alguns projetos nascem de um gesto simples e assim começou a história da Fundação Gentil Afonso Durães, idealizada por Eloizo Gomes Afonso Duraes, empresário com forte senso social. O que começou em 2003 como uma iniciativa local no bairro do Jaguaré, em São Paulo, tornou-se uma referência em inclusão e apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade. Por meio da educação, cultura, saúde e solidariedade, a Fundação vem impactando vidas há mais de duas décadas.
Este artigo conta como essa trajetória inspiradora continua fazendo a diferença no Brasil.
Como tudo começou no bairro do Jaguaré, em São Paulo?
A semente da Fundação Gentil Afonso Durães foi plantada em julho de 2003, quando Eloizo Gomes Afonso Duraes estabeleceu uma de suas empresas no bairro do Jaguaré. Sensibilizado com a realidade social da vizinhança, ele deu início a um projeto de aulas de informática para crianças da comunidade. Pouco tempo depois, a iniciativa evoluiu e ganhou estrutura, se formalizando como entidade assistencial em outubro do mesmo ano.
O espaço logo se tornou um refúgio de aprendizado e acolhimento para dezenas de crianças entre 7 e 14 anos. Quatro turmas fixas foram organizadas, com direito a transporte, alimentação e atendimento gratuito, sempre com entrada pelo portão 13 da Ceagesp. Além da infraestrutura, o projeto se destacava pelo carinho com que as atividades eram conduzidas. Essa base sólida foi essencial para a expansão da Fundação, que com o passar dos anos atingiu outras regiões do Brasil.
Quais marcos ampliaram o impacto da Fundação?
Ao longo dos anos, a Fundação passou por importantes fases de crescimento. Em 2004, ela diversificou suas atividades com a introdução de ações como o coral infantil, oficinas de teatro, o Projeto Sopão e a distribuição de cestas básicas. Esses programas fortaleceram os vínculos comunitários e ampliaram o apoio oferecido às famílias atendidas. Em 2005, a Fundação deu um salto, levando suas ações para São Luís-MA, depois expandindo para João Pessoa-PB em 2007 e para Recife-PE em 2010.
O momento mais simbólico dessa evolução veio em novembro de 2019, quando a Fundação passou por uma reformulação estratégica e se tornou uma Organização Social (OS). De acordo com o beneficente Eloizo Gomes Afonso Duraes, esse novo modelo permitiu mais flexibilidade administrativa, maior captação de recursos e parcerias institucionais. O resultado foi uma atuação mais eficiente, com capacidade de atender mais pessoas e oferecer uma gama ainda maior de projetos educacionais, culturais e de saúde.
Qual o papel das produções literárias nesse trabalho?
Além das ações presenciais e educativas, Eloizo Gomes Afonso Duraes encontrou na literatura uma forma poderosa de estender ainda mais o alcance da sua missão social. Patrocinando um site de venda de livros, ele destinou toda a arrecadação para a manutenção dos projetos da Fundação Gentil Afonso Durães. Cada livro vendido se transforma em uma contribuição direta para a continuidade de aulas, oficinas, atendimentos e atividades lúdicas oferecidas pela organização.
Essa iniciativa também promove o acesso à cultura e ao conhecimento, não apenas para os leitores, mas também para os beneficiados pelas ações da Fundação. As produções literárias patrocinadas pelo beneficente carregam consigo o propósito de semear oportunidades. Ao adquirir um desses livros, o leitor participa de um ciclo virtuoso: absorve conhecimento e, ao mesmo tempo, ajuda a transformar vidas. É um exemplo de como a cultura pode ser utilizada de forma criativa e eficaz para gerar impacto social duradouro.
Conclui-se assim que a trajetória da Fundação Gentil Afonso Durães é uma prova de que pequenas ações, quando movidas por propósito, podem ganhar proporções extraordinárias. De uma iniciativa local em São Paulo a uma Organização Social de alcance nacional, a entidade idealizada pelo filantropo Eloizo Gomes Afonso Duraes mostra o poder transformador da educação, da cultura e da solidariedade. A reestruturação de 2019 impulsionou ainda mais sua missão, permitindo que milhares de vidas fossem tocadas.
Autor: Astolpho Frederick Gabão